sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Em debate, Zé Filho e Sambaíba trocam farpas e acusações com Wellington Dias


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No debate da TV Cidade Verde, realizado nesta quinta-feira (25), os candidatos ao governo do Piauí miraram suas perguntas para o petista Wellington Dias, que teve de responder a cinco dos sete questionamentos somente em um único bloco. O clima ficou agitado quando foram abordados o rompimento da barragem Algodões I, em Cocal, e a apreensão de dinheiro com um assessor do senador do PT a caminho do Piauí.
 O governador Zé Filho (PMDB) perguntou a Wellington Dias se o petista já marcou o depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o processo que o indicia pelas mortes no rompimento da barragem Algodões I, em Cocal, quando era governador. "A cada eleição nós temos essas pessoas que acreditam que é possível passar a vida inteira tirando o proveito de uma tragédia", rebateu o candidato do PT, acusando o atual governo de atrasar por três meses o repasse de recursos para as vítimas. Sobre o processo, Wellington classificou a ação como "sem pé, sem cabeça", que quer puní-lo por um "acidente natural" com uma barragem que não foi feita em seu governo.
Zé Filho reagiu afirmando estar pagando uma dívida de R$ 30 milhões deixada por Wellington com as vítimas de Algodões I. Wellington reafirmou que o pagamento está atrasado pelo governo atual e acusou o candidato do PMDB de demagogia, na tentativa de esconder escândalos de sua gestão. O petista disse ainda que não foi notificado para depor no STF, mas três dos quatro processos contra ele já foram arquivados. 
Apesar do confronto direto entre os principais candidatos, foi na pergunta de Neto Sambaíba que o clima do debate esquentou. O candidato do PPL questionou se Wellington Dias acha que o povo do Piauí acredita na versão de seu motorista. O petista reagiu e acusou: "Eu sei e o povo do Piauí sabe porque você está fazendo essa pergunta. E eu sei a serviço de quem", declarou. O candidato ainda acusou o portal de notícias 180 graus de ser "pago para estar a serviço de muita coisa ruim nesse estado". "Nós vivemos uma situação de falta de ética na política e no jornalismo por parte de algumas pessoas, mas o povo sabe separar isso", afirmou, desmentindo informações de que a apreensão de dinheiro com seu funcionário estaria relacionada a sua campanha eleitoral. 

"Eu sei e o povo do Piauí sabe porque você está fazendo essa pergunta. E eu sei a serviço de quem"
Wellington Dias para Neto Sambaíba
"Eu não estou a serviço de ninguém, eu estou a serviço do povo. Por que o senhor não assume que o dinheiro é seu?"
Neto Sambaíba para Wellington Dias

Neto Sambaíba reagiu. "Eu não estou a serviço de ninguém, eu estou a serviço do povo. A corrupção de um governo nasce em uma campanha. Campanha limpa, governo limpo. Campanha suja, governo sujo. Por que o senhor não assume que o dinheiro é seu?", insistiu. Do outro lado, Wellington Dias repetiu a acusação de que o candidato do PPL estaria a serviço de terceiros. Sambaíba pediu direito de resposta, que foi negado. 
Regra permitiu perguntas livres
Mão Santa (PSC) parecia não saber que poderia perguntar para Wellington Dias mesmo depois dos adversários já terem questionado o petista. Com a permissão dada pela regra, o ex-governador questionou o fim dos programas Luz Santa e Sopa na Mao. "Podia botar Sopa do Wellington, mas não podia cortar", reclamou. O candidato do PT afirmou que os programas da gestão de Mão Santa foram substituídos por outras ações sociais mais amplas. 
No bloco, a primeira a perguntar foi a professora Lourdes Melo (PCO), que acusou o petista de ter as "mãos sujas de sangue". "O senhor ainda tem coragem de pedir voto para o povo piauiense?", questionou. Wellington Dias afirmou que todas as suas contas foram aprovadas e não responde a processo por questões do seu governo. Disse ainda que foi no seu mandato de governador que o concurso público foi usado para contratar professores. 
Lourdes Melo reagiu: "Eita candidato que mente! Eu entrei há 25 anos no Estado, não foi no seu governo. Naquela época já tinha concurso". A candidata acusou Wellington Dias de ter sucateado o Iapep, cortando o auxílio funerário. O petista reagiu e disse que na gestõa atual os profissionais não estariam recebendo o repasse do plano de saúde do Estado. O candidato ainda ganhou direito de resposta para rebater as acusações da professora. 
Daniel Solon (PSTU) também perguntou ao petista sobre financiamento público de campanha. Citou o dinheiro apreendido com o assessor do senador e também o episódio de 2010, quando um carro foi apreendido com dinheiro e material de campanha do candidato a governador Wilson Martins (PSB), que tinha Zé Filho (PMDB) como vice. O atual governador ganhou direito de resposta e afirmou que não pode responder pelos atos dos outros, "a não ser se eu tivesse um motorista particular meu que fosse pego com alguma coisa que parece ser irregular". 
Na resposta, Wellington Dias negou estar envolvido em qualquer processo sobre a apreensão de dinheiro. "Lamento o uso eleitoreiro de forma rasteira, de forma baixa. Aliás, o que tem mais acontecido nesses dias é a baixaria", disse. Sobre financiamento de campanha, o candidato defendeu a reforma política, também com coincidência de eleições e o fim da reeleição. Segundo Dias, um plebiscito seria importante para deixar o cidadão mais seguro quanto as mudanças. Solon reagiu afirmando que os principais candidatos governam para os ricos. "Este estado está privatizado. Todos os recursos que deveriam ir para a saúde pública estão indo para as grandes empresas".
Outras perguntas
Maklandel Aquino (PSOL) foi o único a perguntar para Zé Filho (PMDB). O socialista citou a aliança do governador com o PSDB e questionou se o gestor concorda com a privatização de órgãos públicos. Zé Filho defendeu que o Estado precisa buscar medidas quando não é atendido em seus pleitos no governo federal. "Se for a privatização, nós vamos discutir com as categorias", afirmou. Maklandel acusou o governador de ter participado das gestões que teriam sucateado os órgãos estaduais e afirmou que privatizá-los é atestar incompetência de gerir a coisa pública. O pmdebista reagiu e colocou a privatização como opção. "Isso não quer dizer que as pessoas estão sendo roubadas por isso". 
Wellington Dias questionou Daniel Solon sobre políticas para a agricultura. O socialista apontou que o Piauí, mesmo sendo rico em água e terra, precisa importar 92% do alimento que consome. "Os governos que passaram até agora só beneficiaram o agronegócio", disse Solon, defendendo que o Estado use suas terras devolutas para beneficiar as famílias sem terra. Já o petista aproveitou a réplica para acusar o governo atual de desmontar o Emater.  
Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com

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