sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vítimas de tragédia da barragem de Algodôes pedem cesta e pensão ao Governo do Piauí


Vítimas da Barragem de Algodões (Avaba) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Buriti dos Lopes entraram anteontem com Ação Civil Pública no Tribunal de Justiça do Estado contra a Emgerpi (Empresa de Gestão de Recursos do Piauí) e o Governo do Estado, com pedido de alimentos provisionais por conta do rompimento da barragem de Algodões, em Cocal da Estação.

A barragem rompeu em 27 de maio de 2009, provocando a morte de nove pessoas, deixando uma desaparecida e mais de 3 mil desabrigadas em Cocal e Buriti dos Lopes. A ação requer o pagamento de pensão alimentar de R$ 60,00 por mês a 428 famílias de Buriti dos Lopes atingidas pela tragédia. Além dos R$ 60,00, as vítimas pedem R$ 30,00 por filho menor de 18 anos que compor a unidade familiar vitimada e ainda de R$ 58,00 por família como antecipação parcial dos efeitos da tutela, tendo em vista o sacrifício experimentado pelas vítimas e sua família desde maio de 2009.

Protocolada pelo presidente da Avaba, Corsino Medeiros dos Santos, e pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Buriti dos Lopes, Juvenal Peres Fontenele, a ação requer para as famílias de Buriti dos Lopes a mesma decisão judicial já conseguida pelas vítimas de Cocal da Estação, muito embora estas não estejam recebendo a pensão. As vítimas diretas da Barragem de Algodões I foram relacionadas no Avadan (Avaliação de Danos do Sistema Nacional de Defesa Civil).

Ontem, os advogados das vítimas da barragem de Algodões estiveram em audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Edvaldo Moura. A ação deverá ser julgada na próxima semana. Corsino Medeiros dos Santos disse que em em Buriti dos Lopes 428 famílias foram diretamente atingidas e perderam tudo. Juvenal Fontenele informou que a comunidade rural está com fome e luto, porque as vítimas que viviam somente da agricultura hoje vivem no limite de extrema miséria, passando necessidade alimentar e ainda com dívidas em instituições bancárias e no comércio.

Fonte: Diário do Povo

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